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Quanto mais profissional, maior o impacto social

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17 de junho de 2021.

O que é preciso para fazer o bem? Em um primeiro momento, a resposta pode ser boa vontade. Ou até uma boa oportunidade. Realmente, é preciso estar bem-intencionado para aceitar algo relevante que faça a diferença na vida de quem precisa. Algumas outras respostas seriam que é preciso ter tempo disponível ou receber o convite ideal. Afinal, todo mundo está cada vez mais atarefado, com pouco espaço disponível na agenda e não costuma se relacionar diretamente com Instituições Sociais. Mas existe uma coisa que quase ninguém responde quando essa pergunta é feita: profissionalização.

Que toda empresa ou negócio precisa de profissionais bem capacitados é óbvio para todo mundo. Porém, quando vamos até o terceiro setor, onde iniciativas sem fins lucrativos buscam fazer o bem, essa obviedade é muitas vezes esquecida ou deixada de lado. Os motivos são muitos: falta de recursos financeiros, pouca experiência de empreendedorismo, rede de networking reduzida e mais outros que poderíamos listar aqui o dia todo. O resultado disso é um impacto limitado de ONGs que poderiam levar sua ajuda até mais pessoas. Nos casos mais problemáticos, a Instituição não deixa só de crescer, e sim fecha de uma vez por todas.

Uma das estratégias para tentar solucionar esse problema é investir em voluntariado. Através do trabalho voluntário especializado em áreas profissionais, por exemplo, uma Instituição Social sem recursos pode ter acesso aos serviços que precisa sem precisar pagar pela entrega. Com isso em mente, precisamos falar um pouco sobre ser voluntário no Brasil. Além da falta de tempo que já comentamos por aqui, existe outra barreira que é a falta de informação sobre as causas e as possíveis vagas ofertadas por uma ONG. Para piorar o cenário, uma desconfiança geral com relação à honestidade de algumas Organizações cresceu nos últimos anos no país. Todos esses pontos atrapalham o processo de aproximação das pessoas que desejam ajudar, mas nunca fizeram voluntariado antes.

A falta de convite ou a carência de informações sobre ser um voluntário, é sempre uma razão para que as pessoas deixem de fazer a sua parte no terceiro setor. Nos últimos anos, diversas iniciativas surgiram para solucionar esse problema. Algumas de maneira mais abrangente, ofertando e conectando várias pessoas distintas com agentes sociais. Outras mais especialistas, atuando em só uma região ou através de um único canal, como redes de voluntariado de universidades, de empresas, de igrejas etc.

De um modo geral, essas plataformas e organizações atuam com voluntariado assistencialista. Esse modelo de atuação voluntária envolve um engajamento social mais direto que tenha, principalmente, relação com a ação fim de cada Instituição Social. Por exemplo, se temos uma ONG que atua limpando o litoral, essas frentes de voluntariado podem conectar pessoas que desejam participar dessa atividade. Além de muito importante, esse tipo de voluntariado motiva e contribui para que muitas organizações continuem suas ações. Mas fora esse formato de voluntário, você conhece outras maneiras de se voluntariar?

De maneira geral, a atividade voluntária descrita acima acontece presencialmente. Antes da pandemia, o voluntariado físico era o mais falado, procurado e realizado no Brasil. Porém, a opção remota sempre foi uma possibilidade existente, mas não muito explorada no terceiro setor. Com os efeitos causados pelo Coronavírus, como o distanciamento social, as pessoas ativistas nas mais diversas causas precisaram ficar em casa. Dessa forma, presenciamos uma adequação em massa dos modelos mais comuns de voluntariado. Empresas, faculdades, ONGs e pessoas da sociedade civil foram em busca de metodologias, estratégias e aplicativos que realizasse esse tipo de ajuda. Aos poucos, todos os agentes ativos do terceiro setor foram percebendo que esse formato não compete com o tradicional, mas é uma nova oportunidade para que as pessoas façam a diferença.

Em 2017, a ideia de conectar ONGs que precisam de ajuda profissional com pessoas que desejam ajudar doando seu conhecimento deu início à FreeHelper. Hoje, em 2021, essa ideia é representada por mais de 5 mil voluntários profissionais espalhados pelo Brasil todo. Já fez mais de 230 ações sociais de curto e médio prazo virarem realidade para entregar uma ajuda estratégica e qualificada para diversas ONGs brasileiras.

Na esmagadora maioria das vezes, essas ações foram feitas de maneira remota. Isso mesmo, Instituições Sociais de regiões diferentes recebendo ajuda de voluntários que moram em qualquer canto do mundo. Esse funcionamento e modelo de atuação foi desenvolvido com base em todos os fatos, situações e racionais apresentados até aqui. A solução engloba um voluntariado focado na entrega de serviços profissionais, feitos num curto período, com a opção de ser a distância e, ao mesmo tempo, acompanhado de perto por representantes da FreeHelper. No fim da ajuda, um feedback é enviado para todos os participantes de cada ação e seu resultado se transforma em um impacto mensurado detalhadamente.

Por óbvio, os impactos trágicos da pandemia, que ainda estamos enfrentando, resultaram numa maior procura por opção de voluntariado feito sem sair de casa. O conhecimento e experiência adquiridos pela FreeHelper desde a sua fundação incentivaram novos voluntários a se disponibilizarem para fazer a diferença doando seu conhecimento. De certa forma, essa aceleração resultou num crescimento de impacto financeiro gerado pelas ações da FreeHelper.

No fim de 2019 esse impacto total e acumulado era de R$ 1 milhão. Já no começo de 2021 o número final de impacto financeiro foi de R$ 6 milhões. Esse cálculo é feito através do valor direto economizado pela ONG ao ser beneficiada por um serviço gratuito da FreeHelper somado ao retorno financeiro projetado que essa ação pode gerar.

Obviamente, estamos falando de um crescimento muito relevante e de resultados que foram construídos por diversos voluntários espalhados no Brasil todo. Porém, em momento algum podemos romantizar os motivos que possibilitaram esse crescimento. Devemos, sim, nos atentar à necessidade cada vez mais crescente de todos doarmos tempo e conhecimento para ajudar quem mais precisa.

A ideia desse artigo é mostrar como uma visão mais profissional de um setor cheio de virtudes e, ao mesmo tempo, visto como desorganizado, pode motivar mais pessoas a fazerem o bem. No final das contas, todos nós temos uma parcela de culpa ou orgulho na sociedade em que vivemos. Basta cada um fazer a sua escolha. Eu, você e todo mundo pode usar seu tempo e talento para transformar um pouco dessa realidade injusta e desigual existente em nosso país.

Se você tem interesse na ideia que mantém ativa mais de 50 ações sociais diariamente, saiba que é muito fácil fazer parte. Você pode se cadastrar em www.freehelper.com.br e ser um freelancer social que entrega ajuda em formato de trabalho, sem sair de casa. Ou, então, sua empresa pode vir a ser uma investidora social, financiando, assim, através de doações, todas essas atividades.

Agora, se você conhece ou tem uma Instituição Social que precisa da nossa ajuda, mande um e-mail para [email protected] que iremos conversar melhor sobre suas demandas. As opções para apoiar e fortalecer nosso trabalho são diversas, até um simples compartilhamento impacta e ajuda nosso crescimento. Afinal, só chegamos até aqui por cada pessoa que acreditou, apoiou e ajudou em todas as frentes imagináveis.

Venha fazer a diferença, fazendo diferente.

Pedro Eilert
Cofundador FreeHelper
Publicitário por escolha, redator por consequência. Como profissional, descumpria horários sendo criativo em agências de propaganda até transformar sua profissão num propósito de vida. Desde então, se dedica integralmente ao time da FreeHelper.